A audiência pública desta quarta-feira da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária da Assembleia Legislativa de Minas (ALMG), marcada para debater a necessidade de revisar as condições de pagamento da dívida do estado com a União, foi interrompida por duas vezes e adiada. Manifestação de professores da rede pública estadual, no auditório da Casa, impossibilitou a discussão do tema. Segundo a assessoria de imprensa da ALMG, o "barulho" atrapalhou a audiência e os professores foram recebidos pelo presidente da ALMG, deputado Dinis Pinheiro (PSDB).
O presidente da comissão, deputado Zé Maia (PSDB), encerrou os trabalhos desta quarta, que já começaram com atraso, e deve divulgar nova data para o debate. Entre os presentes, estavam o subsecretário de Planejamento, Orçamento e Qualidade de Gasto, Adré Abreu Reis, e assessores do subsecretário do Tesouro e da Secretaria de Estado da Fazenda.
A dívida de Minas foi pactuada em 1997, em conformidade com a Lei Federal 9.496. Segundo Zé Maia (PSDB), o estado deve pagar o equivalente a 13% de sua receita, calculada em R$ 4 bilhões. "Pagamos uma barbaridade de juros e correção monetária todo ano, e a dívida só aumenta. É impagável", afirma o deputado.
Os professores da rede estadual de ensino estão em greve desde o dia 8 de junho.