O vice-presidente da república, Michel Temer (PMDB), defendeu, nesta quinta-feira, a abertura dos documentos oficiais do governo e classificou como “irrelevante” a discussão sobre o sigilo eterno dos papeis. “Daqui a 50 anos, o presidente da República verifica que daqui a 50 anos um determinado documento não pode vir a público, ele manda um projeto para o Congresso dizendo que o documento não pode ser divulgado. É uma coisa tão irrelevante – lamento dizer isso”, destacou, durante homenagem pelo aniversário do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, realizada no Senado.
Temer afirma que mais iimportante que permitir ou não a proteção eterna dos papeis é "estabelecer uma lei que não fixe a manutenção do sigilo". Na comemoração dos 80 anos de FHC, o próprio homenageado também se manifestou sobre o assunto, argumentando que não vê motivos para garantir o sigilo eterno dos dados históricos. O ex-presidente disse ter assinado pela manutenção da proteção dos arquivos no último dia de mandato, "sem ter conhecimento da questão".