Em operação para reduzir o passivo com a base aliada, a presidente Dilma Rousseff está decidida a escolher o deputado Mendes Ribeiro (PMDB-RS) para líder do governo no Congresso. Próximo a Dilma, o parlamentar contempla a porção da base que se sentia preterida no xadrez do loteamento desencadeado pelo Planalto desde a crise que derrubou o ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci - o grupo dos deputados. Na remontagem da articulação política, Dilma optou pela senadora Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e pela ex-senadora Ideli Salvatti (Relações Institucionais).
Confirmando a escolha de Mendes Ribeiro, que chegou a ficar fora do páreo porque não “vestiu a camisa” do Planalto na votação do Código Florestal, Dilma contém o apetite do PT. O partido possuía dois candidatos oficiosos ao cargo: os deputados Pepe Vargas (RS) e Arlindo Chinaglia (SP). Mendes Ribeiro desbanca outro peemedebista também cotado, o senador Eduardo Braga (AM), cuja indicação serviria para costurar a pacificação de um grupo de senadores peemedebistas “rebeldes”. Mas o peso da Câmara contou mais.