prateleiras de supermercado vazias ou compras do mês gigantescas, que eram feitas logo que o salário entrava na conta bancária. No fim de 1988, a inflação acumulada do ano chegou a atingir os quatro dígitos, chegando a 1.037,56%. Os diversos planos que tentaram acabar com o problema, entre eles o Verãio, Bresser e Collor, se basearam no congelamento de preços e confiscos de depósitos bancários que, ao invés de promoverem uma solulção definitiva, criavam uma nova espiral de aumentos.
Em junho de 1994, ano em que o Plano foi implantado, o índice girava estava ao redor de 50% ao mês. O plano colocado em prática previa a reorganização do setor público e de suas relações conm o setor privado, o que incluiu corte e racionalização de gastos, recuperação da receita tributária, saneamento do e controle dos bancos públicos e um programa de privatizações.
Além disso, o plano previa frear o consumo com o aumento das taxas de juros e baixar os preços dos produtos por meio da abertura da economia a competição internacional. No dia 1º de julho de 1995, quando o Plano completou um ano de vigência, o Brasil apresentava uma taxa de inflação de 2% ao mês. A bem sucedida empreitada contra a inflação lançou as bases para a candidatura de Fernando Henrique Cardoso em 1994, que sucedeu Itamar na Presidência e governou o país até 2002.
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