No final de semana, Dilma decidiu afastar os quatro nomes envolvidos na crise que ronda o Ministério dos Transportes, comandando por Alfredo Nascimento, do PR, e órgãos vinculados. A Casa Civil começou a estudar a melhor solução jurídica para a saída de Pagot e do presidente da Engenharia, Construções e Ferrovias S.A. (Valec), José Francisco das Neves.
Nesse ínterim, Pagot decidiu entrar em férias. A crise, gerada após denúncias de irregularidades e superfaturamento nos órgãos dos Transportes feitas pela revista Veja, envolveu também o chefe de gabinete de Nascimento, Mauro Barbosa da Silva; e o assessor especial Luís Tito Bonvini, que, segundo a bancada do PR, já pediram demissão.
O Planalto avalia que Pagot criou um fato político ao sair em férias para driblar a saída do cargo. Ele, inclusive, esteve ontem e hoje no DNIT, criando uma situação de enfrentamento. Pagot anunciou que estaria disposto a ir ao Congresso para depor sobre o caso, em uma ameaça ao governo. Para o Planalto, porém, já está consolidado que Pagot não volta ao Dnit e também que governo não fará nada para enfrentar o PR.