Outro que participou da reunião foi o ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot que está demissionário e de férias. Pagot foi secretário do governo Blairo Maggi em Mato Grosso. Nessa quinta-feira, ele permanecia em Brasília e fez um desabafo aos parlamentares: “A maioria dos termos aditivos veio do Paraná, de Santa Catarina e de Porto Alegre”, disse aos políticos, na presença do ex-ministro. Referia-se a estados que o PT tentou tirar do PSDB, de Beto Richa, e do DEM, de Raimundo Colombo (hoje no PSD), ambos eleitos na campanha de 2010. No Rio Grande do Sul, Tarso Genro retomou o governo para o PT. o futuro ministro.
O Planalto está dando corda para o PR. Na noite de quarta, Maggi foi ao gabinete do secretário-geral da Presidência, ministro Gilberto Carvalho, reclamar da demissão de Pagot, seu afilhado. Afirmou que era uma injustiça o afastamento do diretor do Dnit . Foi nesse momento que Blairo ouviu a sondagem. Desafetos de Maggi acham que o senador teria dificuldades para ficar no cargo, já que tanto ele quanto Pagot são réus em um processo na Justiça Federal do Distrito Federal.
Produtor multimilionário
Apontado como o maior produtor individual de soja do mundo, o senador Blairo Maggi (PR-MT) é tido como o responsável por 5% da produção anual do grão brasileiro por meio do Grupo Amaggi. No começo do ano, Maggi foi apontado, entre os parlamentares o segundo na lista dos multimilionários, com um patrimônio estimado em R$ 152,4 milhões.
Formado engenheiro-agrônomo pela Universidade Federal do Paraná, é plantador de soja no Sul do estado. O Grupo Amaggi é um dos maiores produtores e exportadores de soja do Brasil. Maggi governou o Mato Grosso de 2003 a 2006 e foi reeleito para o cargo no período seguinte, que terminaria em 2010, quando renunciou para concorrer ao Senado.