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Estado de Minas

Para advogado, Gushiken não tinha ligação com mensalão


postado em 08/07/2011 08:54

“Eu acreditava na exclusão de Luiz Gushiken, porque nunca houve nenhum relacionamento dele com os fatos”, afirmou o criminalista José Roberto Leal de Carvalho, que defende o ex-ministro da Comunicação nos autos do mensalão. Nessa quinta-feira, a Procuradoria-Geral da República disse que não havia provas contra Gushiken, e por isso eleve deveria ser absolvido.

Leal anotou que Gushiken “foi denunciado por coautoria naqueles supostos desvios da diretoria de marketing do Banco do Brasil”. Segundo ele, “a própria oposição (na Câmara), ao ouvir o então diretor de marketing, disse que ele estava mentindo”.

“No Supremo Tribunal Federal a denúncia contra Gushiken foi recebida por apenas um voto de diferença. A ministra Carmen Lúcia, que tinha inicialmente votado pela exclusão (de Gushiken) diante de uma interferência muito dura e sem motivação alguma do ministro Joaquim Barbosa, mudou de voto. Eu tinha convicção de que Gushiken seria excluído”, declarou o advogado.

José Luís Oliveira Lima, defensor do ex-ministro José Dirceu (Casa Civil), disse ontem à noite que ainda não conhecia os termos das alegações finais do Ministério Público Federal. “Eu não tive acesso à peça da acusação, mas independentemente de seu teor tenho total convicção que ao final do processo o ex-ministro José Dirceu será absolvido.”

O criminalista Alberto Zacharias Toron, defensor do deputado João Paulo Cunha (PT-SP) - denunciado por lavagem de dinheiro, corrupção e peculato - , declarou: “João Paulo sequer foi acusado de pertencer à quadrilha. As acusações contra ele não foram comprovadas no decorrer da instrução processual e serão agora definitivamente rebatidas”.

Tales Castelo Branco, que defende o publicitário Duda Mendonça - acusado de lavagem de dinheiro e manutenção de contas no exterior - observou que as alegações são uma ratificação da denúncia. “No mérito, tendo em vista que ele (Duda) tinha dinheiro no exterior e espontaneamente admitiu o fato e recolheu os tributos devidos, o crime desapareceu. Há previsão legal para isso. O crime precedente para fixar a ocorrência da lavagem de dinheiro desapareceu, o fato anterior desapareceu. Não há que se falar em lavagem. Essa será a nossa tese nas alegações finais.”

Antonio Sérgio de Moraes Pitombo, que defende os investidores Enivaldo Quadrado e Breno Fischberg - denunciados por quadrilha e lavagem - disse que a acusação “evidencia o desconhecimento do Ministério Público Federal sobre a própria estrutura do crime de lavagem”.


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