Jornal Estado de Minas

Lideranças do PR já trabalham por nome mineiro nos Transportes

Alexandre Vaz
Líderes do PR em Minas Gerais já trabalham por um nome do estado para ocupar o Ministério dos Transportes, caso o senador Blairo Maggi (MT) não aceite a indicação para ocupar a pasta. Em reuniões internas do partido, lideranças já levantaram quatro nomes, na hipótese de Maggi declinar do convite: os deputados federais Jaime Martins, Aracely de Paula e Lincoln Portela e o senador Clésio Andrade, todos mineiros.
Um dos nomes levantados, Lincoln Portela já descarta a possibilidade, mas defende que o Ministério dos Transportes volte a ser ocupado por um mineiro. "No meu caso, prefiro permanecer na Câmara, mas é claro que defendo que a pasta vá para Minas. O estado tem a segunda malha viária e temos quadros de grande competência para preencher a vaga", defende. Na última quarta-feira, o senador Alfredo Nascimento pediu demissão do cargo, depois das denúncias envolvendo superfaturamento de obras.

O senador Clésio Andrade (MG) também defende que o ministério volte a ser ocupado por um mineiro, uma vez que o estado só conta com um nome no ministério, o do ex-prefeito de BH Fernando Pimentel, na pasta do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. "Vamos esperar a resposta do Blairo. Mas, se ele não quiser, acredito que o partido deve trabalhar pela indicação de alguém do estado", afirma.

O deputado Lincoln Portela, no entanto, lembra que a indicação mineira vai depender da resposta de Maggi ao convite da presidente Dilma. Em reunião nesta quinta-feira com Lincoln Portela e o senador Magno Malta (PR-ES), Blairo Maggi ponderou sobre possíveis empecilhos. "Como as empresas do senador (Blairo Maggi) tem muitos negócios com o BNDES, ele quer ter certeza de que não haja nenhuma incompatibilidade com o cargo. A expectativa é de que, até a próxima segunda-feira, Maggi dê a resposta definitiva.

Apesar das articulações dentro do PR, Portela lembra que a escolha está nas mãos da presidente Dilma. Apesar da preferência do partido por uma indicação política, o deputado ressalta que, caso a presidente opte por continuar manter o ministro interino Paulo Sérgio Passos na titularidade da pasta, o partido acatará a decisão. " (PR e PT) estão juntos há 15 anos, desde quando éramos oposição no governo FHC. Vamos respeitara a decisão dela", defende.