Para Gurgel, cujo mandato expira no dia 22 de julho, a possível prorrogação do pedido de recondução comprometeria os trabalhos, uma vez que “o regular andamento dos trabalhos no Ministério Público Federal acaba prejudicado”. Ele acrescentou que, por mais competente que seja o seu sucessor provisório, “qualquer período de interinidade é um período em que a administração é precária”.
Roberto Gurgel passou a manhã conversando com os senadores, uma tradição no rito de análise da indicação do procurador-geral da República. Até as 12h30, ele já tinha se encontrado com Eunício Oliveira e com os líderes do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), e do PSDB, Álvaro Dias (PR).
Em entrevista, o procurador afirmou que todas as denúncias de corrupção envolvendo o Ministério dos Transportes e órgãos vinculados como o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) serão apurados pelo Ministério Público. Ele acrescentou que, a julgar pelas notícias veiculadas na imprensa, “os fatos são extremamente graves”.
No início da tarde, após conversar com vários senadores, o procurador disse que sua sabatina na CCJ, prevista para as 15h, será adiada. Gurgel disse que os senadores precisam de um tempo para analisar o processo e, por isso, voltou a defender que a votação na CCJ e no plenário do Senado ocorram ainda nesta semana, antes do recesso parlamentar.