O ex-secretário-executivo do Ministério dos Transportes e ministro interino dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, aceitou o convite feito pela presidente Dilma Rousseff para comandar a pasta, nesta segunda-feira. Segundo nota do Palácio do Planalto, Passos assume em caráter definitivo a vaga deixada pelo ex-ministro Alfredo Nascimento, que pediu demissão nessa quarta, após a denúncia de superfaturamento de obras do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
Com perfil técnico, o novo ministro assume o cargo pelo Partido da República, PR, mas acirra o racha na legenda, já que deputados do partido ameaçam ir contra o governo por causa da indicação de Passos. Na campanha eleitoral de 2010, quando o ex-ministro Nascimento disputou o governo do Amazonas, Passos já ocupou o comando dos Transportes.
Nesta segunda-feira, o senador Blairo Maggi recusou, oficialmente, o convite de Dilma para chefiar o ministério. Ele foi o primeiro nome cotado para assumir a pasta e agradeceu à presidente, por telefone.
Perfil
O novo ministro dos Transportes, Paulo Passos, é economista e servidor de carreira de Planejamento e Orçamento. Ocupou o comando do Ministério dos Transportes em 2006, no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É visto como um dos principais interlocutores do setor ferroviário na pasta. O ministro é casado com a cantora e compositora Rosa Passos.
Desgaste no governo Dilma
Em seis meses de governo, Dilma Rousseff fez cinco alterações no primeiro escalão. O primeiro ministro a cair foi Antonio Palocci, que chefiava a Casa Civil, e deixou a pasta em meio a suspeitas de enriquecimento ilícito. Em seu lugar, assumiu Gleisi Hoffmann.
Para ajustar a articulação política, a presidente remanejou o ministro Luiz Sérgio, da Secretaria de Relações Institucionais, para o Minsitério da Pesca. Com isso, a ministra Ideli Salvatti, que ocupava a pasta da Pesca, assumiu a de Relações Institucionais.
O quinto nome é o de Paulo Passos, que aceitou o convite para chefiar o Ministério dos Transportes, após a demissão de Alfredo Nascimento, na semana passada.