Jornal Estado de Minas

Ex-diretor-geral do Dnit

Oposição avalia depoimento de Pagot como "inconsistente"

Agência Brasil

Para o senador Agripino Maia, o ex-diretor do Dnit não respondeu questões essenciais sobere denúncias de superfaturamento - Foto: Paulo de Araújo/CB/D.A Press 29/05/2011 Brasília - O depoimento do diretor afastado do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antonio Pagot, satisfez os parlamentares da base aliada, por ter mantido uma linha técnica e se afastado de questionamentos políticos dos senadores da oposição durante as mais de três horas em que esteve à disposição dos senadores para falar das denúncias de irregularidades no órgão.

“Até agora, ele tem conseguido responder a contento as questões. A oposição, talvez, não esteja sabendo perguntar ou, de fato, não há fatos que justifiquem toda essa celeuma em torno do caso”, disse o líder do PT, Humberto Costa (PE).


Já o líder do PSDB, Álvaro Dias (PR), qualificou de “inconsistentes” os argumentos apresentados por Luiz Antonio Pagot. “Ele fugiu de respostas a questões essenciais. O modelo é promiscuo? Há superfaturamento? Quem determinou? Quem comandou, quem participou e quem se beneficiou?”, indagou o senador, acrescentando que uma comissão parlamentar de inquérito sobre o assunto “seria fundamental”.

Para o presidente da Comissão de Meio Ambiente, Fiscalização e Controle do Senado, Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), o depoimento foi convincente. Para ele, Pagot foi técnico e falou exclusivamente sobre o Dnit. “O sentimento que tenho do conjunto dos senadores é que ele respondeu de forma convincente, mostrou um grande conhecimento da área”.

Para a oposição, o depoimento de Pagot não elucidou as questões que motivaram o convite para prestar esclarecimentos às comissões de Infraestrutura e de Meio Ambiente. Para o presidente do DEM, José Agripino Maia (RN), as respostas de Pagot estão “longe de convencer”. Agripino destacou que o diretor não nominou os responsáveis pela suposta rede de corrupção estruturada no Ministério dos Transportes, transferindo para o Conselho de Administração a responsabilidade pela liberação das obras.