O apoio à proposta do deputado Wellington Roberto (PR-PB) veio uma semana após seu colega de partido, senador Alfredo Nascimento (AM), perder o ministério por denúncias de irregularidades em obras públicas.
Revoltados, parlamentares do PSDB disseram que a manobra vai esvaziar o Comitê de Avaliação, Fiscalização e Controle da Execução Orçamentária, comandado pelo tucano Vaz de Lima (SP). “Já existe uma comissão que acompanha a execução do orçamento. Para mim, não é um grupo de trabalho, mas um grupo de poder”, disse o mineiro Domingos Sávio (PSDB).
No almoço semanal - cujo anfitrião foi o líder do PT, Paulo Teixeira (SP) -, não estiveram presentes o líder do PR, Lincoln Portela (MG), nem qualquer outro parlamentar da sigla. Tanto o mineiro quanto o vice-líder do governo Luciano Castro (PR-RR) são assíduos nesses almoços. Ambos alegaram “imprevistos”.
Portela, porém, rechaçou qualquer intenção de deixar a base aliada. “A bancada é governo e segue a orientação do governo. Estamos neste projeto há 15 anos, desde quando fazíamos oposição ao governo Fernando Henrique Cardoso”, disse.