Covatti, porém, argumenta que não cabe ao Conselho "substituir a vontade do eleitor". "Não há como, agora, fora do período eleitoral pretender-se fazer uma leitura da intenção do eleitorado para se afirmar cabalmente que a deputada não se teria eleito caso a divulgação das notícias fosse mais ágil", diz ele.
O relator na CCJ rebate ainda o pedido feito pelo PSOL para que se declarasse impedido para relatar o caso. O partido argumentou que Covatti já votou de forma favorável a Jaqueline no Conselho de Ética e, por isso, não poderia ter sido escolhido por João Paulo Cunha (PT-SP) para cuidar do tema na CCJ. Covatti diz não se considerar impedido por não ter interesse particular no caso. "Não se trata, indiscutivelmente, de questão relativa a este relator e nem de matéria em que tem interesse individual, de maneira que não me dou por impedido".
Como a comissão não terá mais sessões antes do recesso parlamentar, o caso só será decidido em agosto. Mesmo que o relatório de Covatti seja aprovado, o processo vai a plenário. Neste caso, porém, o relatório pelo arquivamento seria votado antes de uma decisão de mérito sobre cassar ou não Jaqueline.