O Ministério Público de Minas Gerais pediu o afastamento do prefeito de Esmeraldas, Luiz Flávio Malta Leroy (PPS), devido às ameaças que ele está fazendo aos vereadores que votaram a favor da abertura da Comissão Processante (CP), no final de julho. A promotora, Mirella Giovanetti, também propôs uma ação civil pública por improbidade administrativa contra o prefeito e três secretários municipais para apurar irregularidades nas licitações para obras de reformas de escolas municipais, avaliadas em R$ 216.719,19. As denúncias tiveram como base o relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) finalizado no mês passado.
No relatório, os vereadores concluíram que a Construtora Limar, contratada para fazer obras de recuperação dos telhados de cinco escolas municipais, não executou o serviço. De acordo com a vereadora Valéria Benevenuto Camargos (PSDB), a construtora chegou a devolver R$ 140 mil aos cofres públicos. Devido aos resultados das apurações dos parlamentares, foi instalada a CP, a pedido de representantes da sociedade civil.
Valéria contou que o prefeito, com a abertura da CP, parou todas as obras que estavam em andamento na sua base eleitoral. Ele ainda disse a ela que ambulâncias e ônibus não chegarão mais ao local.
A prefeitura de Esmeraldas, por meio da assessoria de imprensa, informou que só vai se manifestar depois que receber um comunicado oficial.