Depois de reunião com a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, o líder do PR na Câmara, Lincoln Portela (PR-MG) anunciou que falam oficialmente pela legenda ele e o deputado Luciano Castro (PR-RR), um dos vice-líderes do governo na Câmara.
Ao mesmo tempo, os senadores Blairo Maggi (PR-MT) e Clésio Andrade (PR-MG) também já bateram à porta do Planalto e até se acertaram no que se refere ao comando do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
Diante do fato consumado de a presidente Dilma ter transformado em titular dos Transportes o ministro interino Paulo Sérgio Passos, Lincoln Portela e Luciano Castro decidiram dar respaldo partidário a ele, adotando-o como o ministro da sigla. Disseram que estavam ali apenas para apoiá-lo, e não para fazer indicações políticas para os postos onde houver troca de comando. Foi com esse mesmo discurso que a dupla se apresentou a Ideli, mas ambos têm a expectativa de que serão ouvidos “no momento adequado” por Dilma.
Já a conversa de Blairo Maggi com Passos foi em outro tom. Assustado com a repercussão negativa das acusações de corrupção que envolveram seu apadrinhado do Dnit, Luiz Antonio Pagot, o senador levou dois recados. Disse que não indicará nem endossará nenhum nome para o Dnit, caso sua “solicitação” de manter o atual diretor não seja atendida e emendou com um conselho para tirar de cena os deputados. “Procure ficar longe do partido. Ponha o PR no purgatório, porque o PR merece estar no purgatório”, recomendou.