O último teste de fogo da base antes do recesso ocorreu na última terça-feira, quando os petistas conseguiram que a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) rejeitasse o pedido de convocação de Ideli Salvatti, ministra de Relações Institucionais; da ex-senadora Serys Slhessarenko e do ex-diretor do Banco do Brasil Expedito Veloso, para falar sobre denúncia de envolvimento na elaboração de um dossiê contra candidato da oposição, caso que ficou conhecido como o episódio dos “aloprados”, em 2006.
O presidente da Comissão de Assuntos Econômicos, senador Delcídio Amaral (PT-MS), comemorou a rejeição do pedido de convocação e afirmou que a decisão, às vésperas do recesso, abre espaço para a agenda de trabalhos do grupo. “No próximo semestre, a CAE vai ser o palco de discussões das dívidas dos estados, mudanças do IPCA, royalties e financiamento do BNDES.”
O recesso também será o tempo necessário para que o governo se acerte com a cúpula do PR, que reagiu à escolha de Paulo Sérgio Passos para substituir Alfredo Nascimento, exonerado da pasta dos Transportes depois de denúncias de mau uso do dinheiro público. Governistas esperam que as conversas com o partido possam ser mais diretas, sem a influência de interlocutores e ruídos externos.