A ideia do documento, destacada logo na introdução, “é explicar como aproveitar o potencial de informações oficiais para permitir a existência de novos serviços de informação, melhorando a vida dos cidadãos e fazendo com que governo e sociedade trabalhem juntos e melhor”.
As sugestões dos hackers são similares a itens previstos pela Lei de Acesso à Informação, travada há anos no Congresso, mas não diz respeito a dados sigilosos, e sim a uma espécie de “lado B” da lei, que trata da divulgação e padronização de dados que deveriam ser públicos, mas não são.
Segundo os hackers, os governos podem criar valores a partir da liberação de dados, porque isso estimularia transparência, controle democrático, participação popular, melhores produtos e serviços privados e mais eficiência de serviços públicos.
Um dos objetivos do manual é mostrar aos governos que a sociedade pode desenvolver ferramentas de internet úteis para o cotidiano das pessoas.
No mês passado, o grupo Lulz Security Brazil invadiu os sites da Presidência da República, da Receita Federal e do Portal Brasil e outros órgãos públicos. Chegaram a publicar supostos dados pessoais da presidente Dilma Rousseff e do prefeito de São Paulo Gilberto Kassab. O motivo seria um protesto contra a corrupção.