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Estado de Minas

Rodovias estaduais também representam perigo em Minas

Estatísticas divulgadas semana passada pelo governo de Minas mostram que 15,3% das estradas sob responsabilidade do estado estão em más condições, 1,8% em péssimas e 17,7% regulares


postado em 19/07/2011 06:00 / atualizado em 19/07/2011 08:12

Estradas esburacadas, mal sinalizadas, curvas perigosas. Essa é a realidade de mais de um terço das rodovias de responsabilidade do governo de Minas. Longe de servir como exemplo, assim como as BRs, as estradas estaduais contribuem para os altos índices de acidentes. Indicadores apurados pelo próprio governo de Minas, divulgados na semana passada, mostram que 34,8% das rodovias mineiras estão em condições de trafegabilidade consideradas más (15,3%), péssimas (1,8%) ou regulares (17,7%). Isso significa que 5.616 quilômetros estão nesta situação. No estudo, está destacado que as estradas em condições adequadas de tráfego são só aquelas consideradas “boas” ou “excelentes” – 65,2% estão nessas condições.

O percentual de 34,8%, referente a 2010, aumentou em relação a 2009, quando as estradas nessas condições eram 23,5%. O número de acidentes nas rodovias estaduais e federais delegadas no estado de Minas também cresceu neste período. Em 2009 a média foi de 39,8 acidentes por 10 mil veículos. Em 2010 esse índice subiu para 41,4. Em relação a 2001, no entanto, houve queda do índice em 1,2 acidente por 10 mil veículos.

Para o diretor-presidente do escritório de prioridades estratégicas do governo de Minas, responsável pelo caderno de indicadores de 2011, Tadeu Barreto, faltam investimentos nas estradas mineiras. Apesar disso, ele afirma que o estado já avançou em relação a 2008, quando 14% das rodovias eram consideradas excelentes. “Esse percentual subiu para 38,6% em 2010”, ponderou. O trabalho coordenado por Barreto aponta 108 indicadores sociais e econômicos de Minas. Os piores, segundo ele, são referentes a infraestrutura, principalmente rodovias.

A Secretaria de Transportes e Obras Públicas informou que busca, por meio do programa PRO-MG, atingir e manter padrões de desempenho nas rodovias pavimentadas estaduais que assegurem condições satisfatórias de segurança e trafegabilidade. O programa teve início em 2006 e hoje atua em 5.232 quilômetros do total de 16.048 da malha rodoviária total.

Avanços Mas, se o estado ainda está atrasado no que diz respeito à infraestrutura rodoviária, o levantamento feito pelo governo mostra que Minas avançou em diferentes setores. Segundo Tadeu Barreto, 85% dos 108 indicadores apresentaram melhoras desde o início da década passada. Entre os destaques, está a diminuição do número de pessoas pobres no estado. Em 2004, 25,9% da população se enquadravam nesse patamar social. Cinco anos depois, esse percentual caiu para 15%. Ou seja, cerca de 2 milhões de pessoas saíram, nesse período, dessa condição.

Avanços também foram detectados nas escolas: 86,2% de alunos da rede estadual do 3º ano do ensino fundamental têm o nível recomendável para leitura, segundo os dados de 2010. Em relação a 2006, o crescimento foi de 37,6%. Em um ano, de 2009 para 2010, o percentual subiu em 10 pontos percentuais.

O caderno de indicadores também apontou uma queda, nos últimos nove anos, no número de crimes violentos. Em 2001 a taxa medida – que considera o número de crimes ocorridos e a população – foi de 366,2. Em 2010 essa taxa caiu para 296,1. A menor evolução aconteceu entre 2009 e 2010, quando a diferença de um ano para outro foi de apenas 0,8. São considerados crimes violentos, para efeito de pesquisa, os homicídios, tentativa de homicídio, estupro, roubo e roubo à mão armada.

Outro exemplo de bom resultado, apontado por Tadeu Barreto, é a redução da taxa de desemprego na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) em cerca de 50% entre os 2003 e 2010, passando de 10,8% para 5,5%. Todos os dados do caderno de indicadores podem ser consultados no site www.escritorio.mg.gov.br.


Saiba mais

R$ 3 bi investidos em programa
Desde 2004 o governo de Minas tem um programa para melhorar rodovias estaduais. O Programa de Pavimentação de Ligações e Acessos Rodoviários aos Municípios, Proacesso, foi criado pelo ex-governador Aécio Neves (PSDB), para ligar por asfalto os 225 municípios que não tinham esse tipo de benefício, sendo 219 trechos de responsabilidade do governo estadual (5.305,4 quilômetros) e seis de responsabilidade do governo federal (151,3 km). Até junho deste ano foram pavimentados 4.751 quilômetros, tendo sido concluídos 185 acessos, somando investimentos de aproximadamente R$ 3,2 bilhões.


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