As demissões, porém, estão longe de acabar. Em conversada reservada com o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, Dilma disse a ele, nessa segunda-feira, que novos nomes do setor devem ser anunciados no máximo até a semana que vem.
A ideia da presidente é aproveitar agora o recesso parlamentar para bater na tecla de que a crise é “página virada” e que ela está preocupada com a gestão do governo. Cinco reuniões sobre investimentos do PAC estão marcadas para esta semana. Na tarde de ontem, Dilma se encontrou com o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, e tratou dos investimentos em recursos hídricos e irrigação. Hoje, o foco serão as ferrovias.
Levantamentos de opinião pública em poder do governo indicam que Dilma passou a imagem de “firmeza” ao demitir rapidamente acusados de corrupção nos transportes. Em conversas com auxiliares, no entanto, ela disse que faz questão de mostrar que o PAC não foi “contaminado” por superfaturamentos de obras.
Orientada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma vai pôr o pé na estrada para bater o bumbo sobre o plano de erradicação da pobreza. Ela também concederá mais entrevistas a rádios e emissoras de TV do interior. No diagnóstico de Lula e da presidente, a mídia regional pode ter mais influência sobre a população carente do que os grandes veículos.