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Estado de Minas

Envolto em briga judicial, prefeito de Mariana agride guarda municipal


postado em 20/07/2011 06:00 / atualizado em 20/07/2011 11:25


O prefeito Geraldo Sales (em pé) nega a agressão e afirma que foi a vítima(foto: Beto Magalhães/EM/D.A PRESS)
O prefeito Geraldo Sales (em pé) nega a agressão e afirma que foi a vítima (foto: Beto Magalhães/EM/D.A PRESS)
Dois dias depois de o prefeito de Mariana, na Região Central do Estado, perder e retomar o cargo em menos de 24 horas, por meio de duas decisões da Justiça Eleitoral, a cidade viveu mais um episódio curioso envolvendo a autoridade máxima da administração municipal. Na tarde de ontem, o prefeito interino Geraldo Sales de Souza (PDT), o “Bambu”, se irritou com os comentários negativos a seu respeito feitos pelo guarda municipal Allisson dos Santos depois de um jogo de futebol no campo do Guarani e, segundo o boletim de ocorrência, teria dado um soco no rosto do guarda, conhecido como “Liu Marmita”.

De acordo com moradores que teriam visto a cena, a possível vítima estava conversando sobre a política local com um casal de conhecidos na porta do estádio, quando foi surpreendida com um “abraço” e um murro do prefeito. O guarda municipal afirmou que Geraldo Sales fez ameaças, dizendo que Liu “teria que provar tudo o que falava contra a atual gestão da prefeitura na internet”. Ainda segundo a vítima, o irmão do prefeito, que o acompanhava durante o evento esportivo, teria dito que ele e Bambu haviam bebido muito.

O prefeito não quis comentar detalhes da briga, mas se defendeu dizendo que ele é que foi alvo de agressão verbal por parte de Alisson Cota. “Em Mariana tem meia dúzia de aloprados. Ele me chamou de 'ladrão', como vem fazendo há muito tempo”, destacou. Bambu adiantou que vai tomar tomas as providências judiciais cabíveis para provar, por meio de entrevistas gravadas e cópias de sites da internet, que o guarda municipal tem feito “perseguição política”.

Bambu é o presidente da Câmara Municipal e substitui os prefeitos afastados Roque Camello – que ganhou as eleições mas não assumiu sob a acusação de compra de votos – e Terezinha Ramos, que ocupou sua vaga mas foi afastada por irregularidade na prestação de contas da campanha. Ambos entraram com recurso na Justiça para reassumir o cargo.


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