Este ano, o Tribunal de Contas da União (TCU) também apontou problemas em obras de recuperação em 50 quilômetros da BR-163: fiscalização ou supervisão deficiente ou omissa nas obras; execução de serviços com qualidade deficiente e projeto executivo deficiente ou desatualizado. O mesmo tipo de problema foi apontado nos serviços efetuados na BR-267, num trecho inicial de 62 quilômetros da rodovia.
“O Dnit-MS não tem nenhuma questão na Justiça, por irregularidades em obras”, defende-se o superintendente do Dnit-MS, Marcelo Miranda Soares. “Estamos providenciando todas as correções solicitadas pela CGU e pelo Ministério Público. As obras prosseguem normalmente, sem interrupção.”
Ex-governador e ex-senador, Marcelo Miranda está no cargo desde 2007, por indicação do ex-governador Zeca do PT. Ele tenta, no entanto, amenizar esse vínculo. “Não sou um apadrinhado. Tenho o apoio de toda a classe política, sem exceção partidária.”
Miranda foi peemedebista, passou pelo PL, pelo PDT e agora é filiado ao PR. A superintendência do Dnit em Mato Grosso do Sul é o primeiro cargo público que ele ocupa desde que deixou o governo do Estado em 1990. As obras em estradas federais que ocorreram durante sua gestão no Dnit consumiram até agora pouco mais de R$ 2 bilhões.