O tema das prévias é desconfortável no PT desde que o próprio Suplicy insistiu em uma eleição interna para a escolha do candidato a presidente em 2002. Na ocasião, enfrentou Lula e perdeu por 84,4% a 15,6%. Muitos petistas acreditavam, como creem agora, que o candidato deveria ser escolhido por consenso.
Mais de um ano antes da eleição, as correntes petistas trabalham por um acordo que evite a disputa interna. Apesar disso, aliados da senadora Marta Suplicy indicaram que, se o ministro da Educação, Fernando Haddad, entrasse na disputa, ela pediria prévias. Na semana passada, o ministro disse que seu nome está na disputa.
Marta e Haddad são os dois nomes fortes que anunciaram a disposição de concorrer. O ministro tem Lula como cabo eleitoral. O presidente pretende impor sua vontade. Os aliados de Marta usam as prévias como forma de mostrar que a militância prefere a senadora a Haddad.