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Estado de Minas

Minas quer prioridade na retomada de obras paralisadas por crise nos Transportes

Liberação deve ser discutida com Dilma Rousseff ainda nesta quinta-feira


postado em 21/07/2011 06:00 / atualizado em 21/07/2011 08:25

Brasília – Depois de mais de duas semanas de paralisação das licitações de obras a cargo do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), em meio a uma série de denúncias de irregularidades na autarquia, a presidente Dilma Rousseff (PT) começa a discutir a retomada dos projetos afetados pela crise. Nos próximos dias ela se encontra com o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos (PR), para definir quais processos vão ser liberados e em que ordem. As discussões serão acompanhadas de perto pelos gestores mineiros, uma vez que o estado foi prejudicado pela suspensão das licitações. Na lista das projetos congelados estão as três principais obras viárias prometidas para Minas Gerais: duplicação da BR-381, revitalização do Anel Rodoviário e melhorias na BR-040.

Nessa quarta-feira, o vice-prefeito de Belo Horizonte, Roberto Carvalho (PT), se reuniu com a equipe técnica do Dnit, em Brasília, para pedir essas obras entrem na lista dos empreendimentos que serão retomados prioritariamente depois do adiamento no início do mês. Segundo Carvalho, está marcada uma reunião hoje pela manhã com o ministro, na qual ele pretende reafirmar a necessidade de as obras serem iniciadas. Como argumento, ele mostrará os prejuízos da não realização dos projetos para os cidadãos. “São cerca de 300 acidentes, com uma média de 50 mortos por ano no Anel Rodoviário. E a BR-381 é a que mais mata no país. É com esses dados que vou tentar sensibilizar o ministro”, explica o vice-prefeito. Na parte da tarde, o ministro dos Transportes deverá se encontrar com a presidente para decidir sobre a retomada das obras.

Editais parados

Além das três principais obras, outros 25 editais programados para o estado foram adiados com o ofício 1.246, enviado pelo ex-ministro Alfredo Nascimento, em 5 deste mês, um dia antes de ele deixar o cargo. O ministro pediu demissão no dia 6, depois de reportagens apontarem irregularidades e cobrança de propina no Dnit. Até essa quarta-feira, 16 funcionários foram exonerados ou afastados do ministério e órgãos ligados a ele em função da crise.

A medida determinou a suspensão da licitação de projetos e de obras e serviços de engenharia em curso sob a responsabilidade do Dnit) e da Valec, estatal do setor ferroviário. A suspensão está prevista para um prazo de 30 dias. A decisão congelou R$2,69 bilhões em obras e serviços rodoviários previstos para o estado.

A previsão era de que a duplicação da BR-381, no trecho entre Belo Horizonte e São Gonçalo do Rio Abaixo, saísse do papel ainda neste ano. O projeto é um dos mais cobrados pelo população. No início de julho, o Ministério das Cidades já havia confirmado a vinda da presidente a Minas Gerais para anunciar o edital para as obras na via, conhecida como Rodovia da Morte. A revitalização do Anel Rodoviário da capital também foi considerada essencial para a Copa 2014, mas se arrasta desde o ano passado, quando auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) apontou suspeitas de irregularidades no edital.

Para o senador mineiro Clésio Andrade (PR), a retomada dos processos de licitação e avanços no andamento das obras só será possível quando a crise estiver resolvida e houver um clima político mais tranquilo para decidir as prioridades. O senador, do partido que comanda o Ministério dos Transportes desde o governo Luiz Inácio Lula da Silva, disse também que continua com boas expectativas em relação às principais obras para o estado, já que foram consideradas prioridades em compromissos assumidos por Dilma.


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