O inquérito da PF aponta suposto envolvimento do peemedebista em um esquema de corrupção, desvio de verbas federais destinadas a programas de ensino e saúde e lavagem de dinheiro. Paralelamente à devassa que a PF promove na gestão Peixoto, ele é investigado por crime eleitoral. Na campanha de 2008 ele teria conquistado votos por meio de promessas de vantagens a eleitores.
Segundo a procuradoria, ele seguidamente se esquiva da citação para apresentar sua defesa. Certidão do oficial de Justiça Lauro Mazzi Neto juntada aos autos comunica sobre “diversas diligências infrutíferas” para localizar o prefeito.
Na residência de Peixoto, o oficial foi informado de “que o prefeito não poderia ser encontrado, pois andava sumido em razão das coisas que andavam falando por aí”. No gabinete do Palácio do Bom Conselho, sede do executivo municipal, a secretária, Lívia, disse ao oficial “que o prefeito é difícil de ser encontrado”.
O oficial destacou que foi atrás do prefeito até na Câmara Municipal. “Tentei intimar o prefeito, o que não foi possível, ante a imensa quantidade de jornalistas que o cercavam no local, e quando fui me apresentar ao prefeito, dizendo ser oficial de Justiça, rapidamente se desvencilhou de todos e se dirigiu a seu carro, cercado de assessores, impossibilitando minha chegada.”
“O pedido de prisão é descabido”, reagiu Adair Loredo, secretário de Governo de Taubaté. “O prefeito está na cidade trabalhando normalmente. Não está se ocultando. Hoje (ontem) eu despachei com ele o dia inteiro. O prefeito tem residência fixa, mora no centro há mais de 20 anos. O oficial de Justiça foi uma única vez na casa do prefeito. Tinha a alternativa de marcar a citação por hora certa e não o fez.”
Loredo informou que os advogados do prefeito, Erich Castilhos e Roberta Peixoto, já entregaram petição nos autos dando Roberto Peixoto como citado formalmente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.