Ele atribuiu o volume de irregularidades apontadas por órgãos de controle ao fato de o Dnit ser responsável pela execução da maior parte das obras do governo federal. Caron afirmou que "nenhum sistema" está imune a algum tipo de desvio ou execução incorreta e destacou que o número de obras do órgão que estão tendo o repasse suspenso tem reduzido nos últimos anos.
Questionado sobre se concordava com a "faxina" feita pela presidente, com a demissão de diversos funcionários da área de Transportes, o diretor afirmou que "não precisava" e que muitas das demissões são "desnecessárias". Disse, porém, entender que há uma decisão política de reestruturar a área. "O trabalho que fizemos aqui deu resultado, as circunstâncias políticas estão levando a este epílogo. Ele é natural, não estou nem um pouco desanimado ou desiludido com isso."
Canoas
Sobre a reportagem do jornal O Estado de S. Paulo que mostra que o diretor participou da liberação de R$ 30 milhões para um aliado construir casas, Caron justificou a medida afirmando que o assentamento de famílias faria parte de exigências da licença ambiental da obra da rodovia BR-448. Apesar dos pareceres contrários à obra emitidos pela Advocacia-Geral da União (AGU), Caron afirmou que o Dnit se baseou em uma consulta feita à Secretaria de Orçamento e Fiscalização do Ministério do Planejamento.
O diretor afirmou que se optou por construir a casa por um convênio com a prefeitura de Canoas, pela qual responde o petista Jairo Jorge, por ser mais barato. Afirmou ainda que o aliado foi "altruísta" ao ceder o terreno para que as famílias que viviam em locais próximos à BR fossem assentadas.