São Paulo – O líder do PSDB, senador Álvaro Dias (PR), vai retomar ofensiva para instalar uma CPI (comissão parlamentar de inquérito) dos Transportes no Senado na primeira semana de agosto, quando termina o recesso parlamentar. Das 27 assinaturas necessárias para abrir a investigação, o tucano já obteve 23 e acredita que conseguirá o restante, diante da evolução da crise no Ministério dos Transportes e no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
Além das 15 assinaturas dos senadores do PSDB e DEM, Dias obteve a adesão dos dois parlamentares do PSOL e de nomes independentes na Casa, como Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e Pedro Taques (PDT-MT). Ainda da base aliada, assinou o senador Sérgio Petecão (PMN-AC), cuja sigla integra o bloco do PMDB. Estão na mira da oposição outros senadores com postura independente na Casa, como Cristovam Buarque (PDT-DF) e Ricardo Ferraço (PMDB-ES).
Na Câmara, o líder do PSDB, deputado Duarte Nogueira (SP), disse que a tentativa de convocar o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, para depor sobre as denúncias de corrupção na pasta será transferida na próxima semana para as comissões de Fiscalização Financeira e Controle e Viação e Transportes da Câmara dos Deputados. Ele fez o anúncio após constatar que fracassou a iniciativa da oposição de convocar Passos por intermédio da Comissão Representativa do Congresso, responsável pelas atividades do Legislativo no período do recesso parlamentar..
O líder mudou de estratégia ao ser informado pela secretária-geral do Senado, Cláudia Lyra, que o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), está em São Paulo e não vai atender ao pedido. "Não vou fazer o julgamento das decisões que o presidente Sarney deve tomar", alegou quando foi perguntado sobre a decisão do senador. "Ele tem a noção da responsabilidade do cargo que ostenta. Da minha parte, estou cumprindo a responsabilidade de manifestar meu total desapontamento pela não convocação da Comissão Representativa."
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