A segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) perde força no governo de Dilma Rousseff, mas existem diversas obras ainda da primeira etapa do programa (PAC 1) que também estão em atraso. Uma delas é a construção de 372 casas populares em Montes Claros, Região Norte do estado, destinadas a famílias que vivem debaixo de uma rede de alta tensão na Vila Castelo Branco, uma das áreas mais carentes da cidade. A construção foi iniciada em 2007 e deveria ter sido concluída em 2010, mas, até hoje, não terminou, obrigando as famílias a conviver com o perigo. Com financiamento de R$ 10 milhões do PAC 1, as obras do conjunto habitacional começaram em 2007, na gestão do ex-prefeito Athos Avelino Pereira (PPS). Porém, em junho de 2008, a construção das casas populares sofreu uma interrupção porque Montes Claros foi um dos municípios incluídos na Operação João de Barro, realizada pela Polícia Federal com apoio da Controladoria-Geral da União (CGU), para apurar suspeitas de fraudes com recursos do PAC.
“Ficou provado que não tinha nada de irregular com a obra. Mesmo assim, a construção das casas foi atrasada por causa da Operação João de Barro”, argumenta o secretário de Planejamento e Obras do Município, João Henrique Ribeiro. No final de 2008, Athos Avelino recebeu uma declaração da PF atestando não ter sido encontrada irregularidade na documentação da prefeitura apreendida durante a Operação João de Barro. Ribeiro disse que foi elaborado um novo cronograma para a construção do Conjunto habitacional, em implantação em terreno próximo à Vila Castelo Branco, região da saída da cidade para Januária. “Com os atrasos, foi marcado novo prazo para a entrega da obra: dezembro de 2012”, assegurou. Ribeiro garantiu que os serviços estão “em pleno andamento”, realizados pela Empresa Municipal de Obras, Serviços e Urbanização (Esurb). “Mas, além da construção das casas, existem obras de infraestrutura, como redes elétricas e sistemas de abastecimento de água e esgoto”, observou.