O senador Reditário Cassol (PP-RO) retirou nesta quarta seu apoio à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que a oposição tenta criar para investigar denúncias de corrupção no Ministério dos Transportes e no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Com isso, a oposição contabiliza 25 das 27 assinaturas necessárias à abertura da investigação.
Diante da retirada das assinaturas, o líder do PSDB, Álvaro Dias (PR), acusou o governo de trabalhar contra a CPI a fim de "esconder as falcatruas", favorecendo a continuidade da corrupção. "A tal faxina não existe, o que existe é a manutenção do modelo atual a qualquer processo, a CPI traria transparência às investigações", protestou o tucano. Dias afirmou que não desistirá da CPI, embora reconheça a "enorme dificuldade" para viabilizá-la.
Nesta quarta, o tucano Ataídes Oliveira (TO), suplente de João Ribeiro (PR-TO), pediu para retirar o apoio à CPI e, horas depois, voltou atrás, ratificando a assinatura no requerimento da oposição. Depois de atender a um pedido de Ribeiro, que é titular do mandato e fiel aliado do governo, Oliveira recuou, pressionado pelas lideranças de seu partido, o PSDB.