As ministras da Casa Civil, Gleise Hoffmann, e das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, reagiram nesta quinta-feira às declarações do ministro da Defesa, Nelson Jobim, dadas à Revista Piauí. À publicação, Jobim afirmou que Ideli é "fraquinha" e que Gleisi "sequer conhece Brasília".
Em entrevista à colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, Gleisi afirmou que a declaração do ministro é "irrelevante". Já Ideli informou ao mesmo jornal que o ataque de Jobim foi "desnecessário" e que ele deveria se conter "um pouquinho".
Por conta de outras declarações, Jobim já estava na lista dos ministros de Dilma que poderão ser substituídos na primeira reforma ministerial, prevista para o final deste ano ou o início de 2012. Agora, com a entrevista dada à Piauí, que chega nesta quinta-feira às bancas, a presidente pode decidir pela demissão imediata de Jobim, desistindo da ideia de não mexer no governo enquanto não assentar a poeira da base aliada levantada pela crise política no Ministério dos Transportes, no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e na estatal Valec.
O ministro viajou na noite desssa quarta-feira para São Gabriel da Cachoeira (AM). Na manhã desta quinta-feira, ele partiu para Tabatinga (AM), onde, ao lado do vice-presidente da República, Michel Temer, assina um plano de vigilância de fronteiras entre Brasil e Colômbia. Pela agenda oficial, Jobim deixa a base do Cachimbo (AM) às 20h30, devendo chegar a Brasília perto da meia-noite.
Em recente entrevista concedida ao programa Poder e Política, da Folha de S. Paulo e do UOL, Jobim criou incômodo no Planalto ao fazer questão de revelar que, nas eleições do ano passado, votou no candidato tucano José Serra, o adversário da candidata vencedora, Dilma Rousseff. (com agências)