Brasília – O Palácio do Planalto confirmou, na noite desta quinta-feira, a saída do ministro da Defesa, Nelson Jobim, que pediu demissão por carta. O ministro, que estava em Tabatinga, cidade na fronteira do Brasil com a Colômbia, teve que antecipar o retorno a Brasília, chamado pela presidente Dilma Rousseff. A ministra da Secretaria de Comunicação, Helena Chagas, informou que o ex-chanceler do governo Luiz Inácio Lula da Silva, Celso Amorim, vai ser o novo ministro da Defesa.
A situação de Jobim se deteriorou depois que foram divulgados trechos de uma entrevista dele à
Revista Piauí, que circula nesta sexta-feira, com críticas ao governo e, em especial, à ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti. Na entrevista, Jobim disse que Ideli é uma ministra “muito fraquinha” e que Gleisi Hoffmann, ministra-chefe da Casa Civil, "não conhece Brasília".
Não foi a primeira vez que Jobim causou desconforto à presidenta Dilma. Na semana passada, o agora ex-ministro revelou que, na última eleição presidencial, votou em José Serra por razões pessoais, e não na presidente Dilma.
Filiado ao PMDB, Jobim foi presidente do Supremo Tribunal Federal (2004-2006) e ex-ministro da Justiça do ex- presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-1997).