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Estado de Minas

Hackers invadem site e e-mail de autor do Dia do Orgulho Hétero

Vereador de São Paulo, Carlos Apolinário (DEM) virou celebridade internacional após ter projeto polêmico aprovado


postado em 05/08/2011 09:49 / atualizado em 05/08/2011 10:22

Autor do projeto que criou o Dia do Orgulho Heterossexual em São Paulo, o vereador evangélico Carlos Apolinário (DEM) viu a polêmica ganhar repercussão internacional após um grupo de hackers invadir nessa quinta-feira seu e-mail e sua página pessoal na internet.

Os invasores trocaram a imagem do parlamentar na página carlosapolinario.com.br e colocaram mensagens com dados sobre mortes de homossexuais no Brasil. Mais de 3 mil pessoas que estavam na lista de correio eletrônico do vereador, a maior parte de pastores da Assembleia de Deus e integrantes do alto escalão da igreja, também receberam as mensagens.

"No Brasil, um homossexual é morto a cada 36 horas e esse tipo de crime aumentou em 113% nos últimos cinco anos. Em 2010, foram 260 mortos. Apenas nos três primeiros meses deste ano, foram 65 assassinatos", dizia a mensagem, que ficou online das 10h49 às 16h48.

O ataque foi reivindicado na própria mensagem deixada no site do vereador pelo %u201CFigli Tariki Shmotov%u201D, da RedHack_Brasil. São ativistas ligados a um grupo que costuma invadir, desde 2009, sites de órgãos públicos na Rússia e em países do Leste Europeu.

Além de causar espanto momentâneo nos amigos evangélicos do vereador que estavam em sua lista de e-mail, a invasão elevou Apolinário a personalidade requisitada por veículos internacionais, como a revista Forbes e a agência de notícias Associated Press. Jornais americanos como The Washington Post também repercutiram o Dia do Orgulho Hétero, ainda citado no blog americano Huffington Post e no site do International Business Times.

 
"Em 30 anos de vida pública, nunca vi repercussão como essa", diz Apolinário na tarde dessa quinta-feira em seu gabinete, com visível satisfação. Deputado estadual por três mandatos - chegou a ser governador por dez dias -, deputado federal relator em 1997 da atual legislação eleitoral e vereador desde 2001, ele tinha sobre sua mesa vários recortes de jornais. E tentava explicar que não é a primeira vez que uma iniciativa sua ganha notoriedade. "Cortei as regalias da Assembleia e peitei o ACM (Antonio Carlos Magalhães) no Congresso. Olha o que o seu jornal (O Estado de S. Paulo) já me deu de página inteira. É que falar alguma coisa dos gays é sempre mais polêmico. Porque eles não aceitam que se fale nada", dizia o parlamentar, que também foi procurado ontem pelas principais revistas semanais do país.


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