A prisão preventiva dos parlamentares foi determinada pelo Ministério Público Estadual, depois que uma empresa de contabilidade foi contratada, ao custo de R$ 5 mil, em nome da Câmara, para tentar derrubar as provas da promotoria, que já havia ajuizado ação civil pública contra eles. Os vereadores respondem na Justiça por formação de quadrilha, peculato e improbidade administrativa. O advogado dos parlamentares, Arnaldo Silva Júnior, afirmou terça-feira que não há mais o que fazer para tentar revogar a prisão, a não ser aguardar o julgamento do mérito do habeas corpus ajuizado no TJ mineiro.
A partir deste mês os vereadores não receberão mais o salário de R$ 3,5 mil e ainda correm o risco de perder o mandato e os direitos políticos. O primeiro pedido de cassação foi analisado por uma comissão processante da Câmara de Fronteira no dia 3: Daniel dos Reis Linhares Pontes (PMN) perdeu o mandato sob a acusação de improbidade administrativa e falta de decoro.
Serão julgados ainda a então presidente da Casa, Sileide Faitaroni (PP), Maurílio Carlos de Toledo (PSDB), Raidar Mamed (PSDC), João Veraldi Júnior (PDT), Nildomar Lázaro (PR), José Marcelo Santos (PDT), Eduardo Florêncio (PMDB) e Samer Saroute (PMN).
O diretor-geral da Penitenciária de Uberaba, onde os vereadores estão presos, Itamar Rodrigues Júnior, informou que os nove sõ poderão receber visitas e tomar banho de sol daqui a 15 dias, depois de uma avaliação física e psicológica.