Brasília - O ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage, determinou à Corregedoria-Geral da União a instauração de Processo Administrativo Disciplinar para investigar desvios de verbas públicas do Ministério do Turismo.
Nessa terça, o ministro do Turismo, Pedro Novais, pediu a Hage a apuração de possíveis irregularidades cometidas por servidores da pasta, que deram origem à Operação Voucher da Polícia Federal e culminou na prisão de 36 pessoas do ministério.
A CGU disse, em nota, que vai solicitar à Justiça os autos do inquérito. O ministro Hage recomendou ao Ministério do Turismo a suspensão de pagamentos dos convênios da área de capacitação por 60 dias.
De acordo com a CGU, o então ministro do Turismo Luiz Barretto tomou várias medidas saneadoras, dentre as quais o estabelecimento de teto para pagamento de cachês artísticos e de limite máximo de despesa por evento. “Em alguns casos, onde havia irregularidades mais graves, os relatórios da CGU foram encaminhados ao Ministério Público e à Polícia Federal".
Na área de capacitação de mão de obra, a CGU está analisando convênios com várias entidades, incluindo três que foram objeto de denúncias recentes – o Instituto Brasileiro de Hospedagem (IBH), o Comitê de Ideias e Ações (Cia do Turismo) e a Associação Brasileira das Empresas de Transporte Aéreo Regional (Abetar).
Em investigações anteriores, a CGU disse que já havia suspeitado da atuação de vários empresários e empresas apontados agora na Operação Voucher. Entre essas empresas estão a Barbalho Reis, Comunicação e Consultoria Ltda, a MGP Brasil Consultoria Empresarial Ltda e a Race Consult.