Já o presidente da Associação das Agências de Viagens Independentes do Interior do Estado de São Paulo (Aviesp), William Périco, admitiu que a operação da PF levou o setor a uma situação "muito desagradável". Para ele, as suspeitas não irão atrapalhar projetos da iniciativa privada em conjunto com a União, mas o episódio deve ser visto como uma oportunidade para moralizar as parcerias no setor. "Espero que o que está acontecendo no ministério leve a uma maior rigidez na avaliação dos convênios", afirmou.
O presidente da Abav Nacional, Carlos Alberto Amorim Ferreira, disse que a gestão do ministro ainda está no começo e é preciso aguardar esclarecimentos da PF a respeito do caso. "A gente quer um ministro forte", disse Ferreira, ao admitir que o turismo não é a especialidade de Novais - ele foi indicado ao cargo pelo PMDB.
Francisco Leme da Silva, da Associação Brasileira de Viagens Corporativas (Abracorp), afirma que o escândalo no Ministério não atinge as atividades da iniciativa privada no Turismo, que trabalha para atender a uma demanda aquecida. Mas deixa claro seu repúdio às irregularidades apontadas na investigação da PF. "Se toda essa operação estiver sendo feita para que haja seriedade no setor e para acabar com a corrupção, tem o nosso total apoio", afirmou. Os representantes das entidades se encontraram hoje na capital paulista para anunciar a união da Abav-SP, Aviesp, Sindetur-SP e Abracorp sob uma mesma sede, no centro da cidade.