Central de Minas, no Vale do Rio Doce, primeira cidade a ser denunciada pelo Ministério Público Federal no esquema de fraudes envolvendo emendas parlamentares destinadas a projetos executados com recursos Ministério do Turismo, recebeu R$ 100 mil da pasta para a promoção de festas somente no primeiro semestre deste ano. A verba foi destinada à realização da Festa do Estudante, a mesma que há dois anos obteve R$ 206 mil do ministério, liberados por meio de emenda do deputado federal João Magalhães (PMDB) e que em 2009 recebeu R$ 200 mil. Foram as irregularidades na aplicação desse recurso que fizeram com que a Procuradoria da República puxasse, no final de 2008, o novelo das fraudes, que já tomaram contornos de escândalo.
O esquema em Central de Minas, cidade com 6,8 mil habitantes, foi denunciado em uma série de reportagens do Estado de Minas, em 2009, que apontou fraudes envolvendo emendas do Ministério do Turismo para a realização de festas no interior do estado. Na época, a reportagem mostrou que os cartazes convocando a população para a 4ª Festa do Estudante ficaram prontos antes da realização do processo licitatório, vencido pelas empresas In-Marketing e Simples Cidades. Em junho deste ano, a Procuradoria da República em Governador Valadares denunciou os donos das empresas, além do ex-prefeito do município Ageu Diniz de Oliveira, sua mulher, Aurora Rita Diniz, e dois integrantes da comissão de licitação. A reportagem não conseguiu fazer contato com o ex-prefeito. Os sócios das empresas também não foram localizados. A denúncia será analisada pela Justiça Federal de Governador Valadares.
A denúncia será analisada pela Justiça Federal de Governador Valadares. Segundo apurações da Controladoria Geral da União, que depois das reportagens do EM abriu procedimento para investigar o repasse de emendas para festas em Alpercata, Coroaci, Divino das Laranjeiras, Marilac e Tumiritinga, as empresas Simples Cidade e In-Marketing foram vencedoras de licitações para a realização de uma série de eventos patrocinados com emendas do deputado João Magalhães, que não figura entre os denunciados nesse processo.
São Geraldo do Baixio
A aplicação de verba do Ministério do Turismo em São José do Baixio, no Leste de Minas, também está sendo alvo de investigação do Ministério Público Federal. A apuração é referente à realização do 19ª Corrida de Cavalos, em 2009. O município, com população de 3,4 mil habitantes, gastou R$ 100 mil para fazer a festa. A emenda para a folia também foi autoria do deputado federal João Magalhães. Enquanto nada ainda foi feito, a cidade continua a receber recursos da pasta. Este ano o órgão fechou convênio de R$ 100 mil para a 21ª Corrida de Cavalos. Para o evento, a prefeitura contratou a empresa de Calliu Gassan Cunha Santana. O empresário foi preso por furto qualificado em Caetié, na Bahia, em 11 de janeiro. A reportagem não conseguiu localizá-lo.
O departamento de compras da prefeitura informou que o contrato foi de aproximadamente R$ 60 mil. Os shows programados para a festa foram da dupla Ataíde e Alexandre, Dom Ruam e os Paradas Duras, além de bandas da região. O deputado João Magalhães, além da emenda para São José do Baixio, admitiu ter encaminhado outros sete planos para o Ministério do Turismo. Segundo ele, do total apenas três foram atendidos: Jampruca, Conceição de Ipanema e São José do Baixio. Os gastos realizados em Jampruca estão sob investigação do Ministério Público Federal.
O esquema em Central de Minas, cidade com 6,8 mil habitantes, foi denunciado em uma série de reportagens do Estado de Minas, em 2009, que apontou fraudes envolvendo emendas do Ministério do Turismo para a realização de festas no interior do estado. Na época, a reportagem mostrou que os cartazes convocando a população para a 4ª Festa do Estudante ficaram prontos antes da realização do processo licitatório, vencido pelas empresas In-Marketing e Simples Cidades. Em junho deste ano, a Procuradoria da República em Governador Valadares denunciou os donos das empresas, além do ex-prefeito do município Ageu Diniz de Oliveira, sua mulher, Aurora Rita Diniz, e dois integrantes da comissão de licitação. A reportagem não conseguiu fazer contato com o ex-prefeito. Os sócios das empresas também não foram localizados. A denúncia será analisada pela Justiça Federal de Governador Valadares.
A denúncia será analisada pela Justiça Federal de Governador Valadares. Segundo apurações da Controladoria Geral da União, que depois das reportagens do EM abriu procedimento para investigar o repasse de emendas para festas em Alpercata, Coroaci, Divino das Laranjeiras, Marilac e Tumiritinga, as empresas Simples Cidade e In-Marketing foram vencedoras de licitações para a realização de uma série de eventos patrocinados com emendas do deputado João Magalhães, que não figura entre os denunciados nesse processo.
São Geraldo do Baixio
A aplicação de verba do Ministério do Turismo em São José do Baixio, no Leste de Minas, também está sendo alvo de investigação do Ministério Público Federal. A apuração é referente à realização do 19ª Corrida de Cavalos, em 2009. O município, com população de 3,4 mil habitantes, gastou R$ 100 mil para fazer a festa. A emenda para a folia também foi autoria do deputado federal João Magalhães. Enquanto nada ainda foi feito, a cidade continua a receber recursos da pasta. Este ano o órgão fechou convênio de R$ 100 mil para a 21ª Corrida de Cavalos. Para o evento, a prefeitura contratou a empresa de Calliu Gassan Cunha Santana. O empresário foi preso por furto qualificado em Caetié, na Bahia, em 11 de janeiro. A reportagem não conseguiu localizá-lo.
O departamento de compras da prefeitura informou que o contrato foi de aproximadamente R$ 60 mil. Os shows programados para a festa foram da dupla Ataíde e Alexandre, Dom Ruam e os Paradas Duras, além de bandas da região. O deputado João Magalhães, além da emenda para São José do Baixio, admitiu ter encaminhado outros sete planos para o Ministério do Turismo. Segundo ele, do total apenas três foram atendidos: Jampruca, Conceição de Ipanema e São José do Baixio. Os gastos realizados em Jampruca estão sob investigação do Ministério Público Federal.