Na nota, assinada pelo presidente da instituição, Gabriel Wedy, a Ajufe afirma que o nome de Patricia Acioli constava em uma “lista negra” composta de 12 pessoas “marcadas para morrer” e encontrada com um suspeito de tráfico de drogas, detido no estado do Espírito Santo. Segundo a associação, Patrícia era “uma juíza criminal que realizava exemplarmente o seu trabalho no combate ao narcotráfico, em defesa da sociedade”.
A Ajufe lembra que a juíza tinha recebido uma série de ameaças e que o carro dela já havia sido metralhado. Mesmo assim, segundo a entidade, ela não contava com qualquer segurança à sua disposição. De acordo com a instituição, no ano passado, dezenas de juízes federais que julgam o narcotráfico internacional e o crime organizado também foram ameaçados em decorrência de suas atividades.
Na nota, a Ajufe destaca ainda que a falta de segurança motivou uma paralisação nacional de juízes federais no último dia 27 de abril. A entidade cobra a aprovação do Projeto de Lei 03/06, que cria a polícia judiciária, vinculada ao Poder Judiciário, que seria a responsável por fazer a segurança dos juízes. Segundo a Ajufe, o projeto encontra-se paralisado no Congresso Nacional.