“Eu cheguei a assinar 60 cheques em branco de uma vez só”, revelou ao Estado David Lorrann Silva Teixeira. “Eu assinava porque era o tesoureiro (da Conectur). Tinha que assinar”, acrescentou. “Ele (Wladimir Furtado, dono da Conectur) me falava uma coisa e o que acontecida por trás era totalmente outra. Nunca imaginei que essa empresa teria essa fraude todinha.”
As operações, incluindo seus detalhes, eram do conhecimento da deputada, conforme revelam conversas telefônicas gravadas pela Polícia Federal com autorização da Justiça. Em uma gravação, Maria Helena Necchi, diretora técnica do Ibrasi, diz que viajaria para Brasília para se reunir com Fátima. “Falei com ela que eu tô (sic) indo para falar com a deputada a história do convênio 2”, afirmou Maria Helena, em ligação de 1º de maio. Na conversa com uma filha, Maria Helena afirma que não contaria para a outra filha que o Tribunal de Contas da União (TCU) já estava investigando esses convênios. “(Ela) sabe também que a deputada, por conta dessa história da Veja, está preocupada em dar continuidade.”