De acordo com o vice-governador, no encontro que reunirá as principais lideranças do PP no país na capital mineira, a ideia é discutir mecanismos para o engajamento do partido no Congresso Nacional e junto ao Palácio do Planalto. “Temos que nos mobilizar, levar as reivindicações ao governo federal e apoiar qualquer iniciativa nesse sentido dentro do Congresso”, argumentou. O PP tem atualmente 41 deputados federais – cinco deles de Minas Gerais – e cinco senadores, entre eles o presidente nacional da legenda, Francisco Dornelles (RJ). O PP ainda integra o governo federal com a indicação de Mário Negromonte para o Ministério das Cidades.
Pelo acordo fechado em 1998 entre os governadores e o então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), ficou definida a adoção do Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) para a correção monetária. O próprio ministro da Fazenda, Guido Mantega, reconheceu publicamente que o ideal seria substituir o IGP-DI pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Mas uma renegociação pode esbarrar na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que impede a medida. Até o fim deste mês secretários estaduais devem se reunir com a equipe do Ministério da Fazenda para dar sequência ao debate sobre a dívida e avanços na revisão do ICMS – maior fonte de recursos para os cofres públicos.
Acréscimo
A proposta de Minas levada ao Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) é que o indexador das dívidas seja limitado ao custo da dívida da união, regra que poderia ser incluída em artigo na LRF. A Taxa Selic, normalmente empregada pelo governo federal, foi de 9,5% no ano passado. Já a correção da dívida de Minas Gerais ao longo de 2010 foi de quase 20%: 7,5% de juros mais 11,3% de IGP-DI. Em 2010, o estado gastou R$ 3,25 bilhões com a dívida. Somados a correção e os juros, foram acrescentados R$ 10 bilhões ao saldo devedor.