O ministro do Turismo, Pedro Novais (PMDB), afirmou nesta quarta que o secretário executivo da Pasta, Frederico Costa da Silva, não foi indicado para o cargo nem pelo PMDB nem pelo PT. Frederico foi um dos 36 presos pela Operação Voucher, da Polícia Federal (PF), sob a suspeita de desviar recursos de emendas parlamentares no Ministério do Turismo. "O Frederico não foi apresentado nem apoiado nem pelo PMDB, nem pelo PT", garantiu o ministro.
Segundo o ministro, os funcionários apontados pela PF como envolvidos no suposto esquema de corrupção só voltarão a seus cargos ao fim das apurações. Novais prestava depoimento na tarde de hoje na Câmara numa sessão conjunta das comissões de Turismo e Desportos, de Defesa do Consumidor e de Comissão de Fiscalização e Controle.
Deputados do PMDB e do PT estavam na sessão para blindar o ministro. Ao lado de Novais, o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), defendeu o ex-deputado Colbert Martins, um dos presos na Operação Voucher. Já os deputados de oposição insistem na necessidade de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar a corrupção no governo federal.