O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), afirmou que a indicação do deputado Mendes Ribeiro para o Ministério da Agricultura tem o aval da cúpula do PMDB e do partido como um todo. "(Mendes) Tem o apoio incondicional do partido, mais do que nunca o PMDB está unido, temos demonstrado isso, sobretudo nos últimos dias", declarou.A escolha do gaúcho reabre a vaga de líder do governo no Congresso que foi disputada entre as bancadas do PMDB na Câmara e no Senado. Renan havia indicado para o cargo o senador Eduardo Braga (PMDB-AM). Entretanto, a sinalização do Planalto é de que a vaga deverá permanecer com os deputados.

Renan acrescentou que Mendes "é um dos melhores quadros do PMDB e reúne todas as condições" para dar continuidade ao trabalho que o partido estava fazendo na pasta da Agricultura. Segundo ele, o fato de ser do Rio Grande do Sul, estado com perfil fortemente agrícola, é um elemento a mais para a indicação.

Por fim, o líder peemedebista disse que o ex-ministro Wagner Rossi deixou a pasta "sem que se conhecesse fato que o desabonasse". Segundo Renan, Rossi "pacientemente respondeu todas as perguntas que lhe fizeram". Mas o desgaste público das denúncias, que passou a atingir seus familiares, o levou a pedir demissão, segundo Renan.

Rossi deixou o cargo pressionado por denúncias de corrupção e tráfico de influência. A primeira acusação veiculada pela imprensa é a de que o lobista Júlio Fróes teria à sua disposição uma sala no Ministério da Agricultura para articular negócios. A última denúncia divulgada foi a de que Rossi viajou em um jatinho da Ourofino Agronegócios, empresa que vende vacinas e tem negócios com o ministério do qual Rossi era ministro.