Segundo seus assessores, o prefeito voltou a sonhar com uma aliança entre o PMDB e seu PSD, partido a ser criado até o final do próximo mês e, para isso, precisa evitar que os peemedebistas lancem o deputado Gabriel Chalita a prefeito de São Paulo. O PMDB terá cerca de três minutos em cada bloco do programa eleitoral de 2012.
Rossi e seu filho Baleia Rossi, deputado estadual e presidente do PMDB paulista, eram os encarregados de articular apoios e montar a estrutura necessária para as pré-candidaturas e eventuais candidaturas do partido em 2012, especialmente entre o rico setor do agronegócio, muito forte no interior do Estado. No ministério, Rossi também utilizava seu poder de nomear e liberar verbas para cooptar dirigentes e prefeitos peemedebistas, historicamente divididos em São Paulo, ao projeto de Temer. Quando a força dos argumentos do pai não funcionava, Baleia destituía diretórios “rebeldes” e nomeava para seus lugares comissões provisórias atreladas ao vice-presidente.
Em privado, aliados da família Rossi e de Temer reconhecem que os adversários estavam ficando “sufocados” e atribuem a quase totalidade das denúncias contra o ex-ministro aos “órfãos” do governador Quércia, morto em dezembro do ano passado e que durante décadas controlou o PMDB paulista. Citam como exemplo o isolamento político do peemedebista Airton Sandoval, suplente de Aloysio.