As críticas recaem, sobretudo, sobre o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN). “O clima é de insatisfação, não de revolta”, afirma o deputado Danilo Forte (CE), espécie de porta-voz dos lamuriosos. Antes dessa legislatura, Forte comandou, entre 2003 e 2007, a Fundação Nacional de Saúde (Funasa). O então ministro da Saúde, José Gomes Temporão, criticou sua gestão, mas o peemedebista, hoje insatisfeito, foi defendido com veemência pela cúpula de seu partido.
A principal crítica ao líder é a falta de consulta à bancada sobre suas decisões. Alves não ouviria os correligionários e privilegiaria o deputado Eduardo Cunha (RJ) com as melhores relatorias. “Não é verdade”, afirma o cacique. Segundo Alves, entre 27 encaminhamentos feitos neste ano para a função, Cunha ficou com apenas uma, a do Código Civil. “Ele pediu isso em fevereiro”, diz. Os peemedebistas insatisfeitos também o acusam de dar prioridade a seu projeto pessoal: ser eleito presidente da Câmara em 2012.