O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, divulgou nota nesta segunda-feira afirmando que as denúncias sobre o uso por ele de aeronaves particulares são "totalmente inverídicas" e de "grande irresponsabilidade". Bernardo alega que jamais solicitou ou mesmo recebeu oferta de qualquer meio de transporte em troca de vantagens no governo.
Reportagem da revista Época desta semana cita o uso de aviões particulares pelo ministro no ano passado. Ele argumenta, porém, que utilizou aviões fretados durante a campanha eleitoral no Estado do Paraná, quando era ministro do Planejamento. Segundo Bernardo, todas as empresas receberam pagamentos pelos serviços, mas ele não teria condições de lembrar e especificar os prefixos ou os proprietários das aeronaves que foram usadas.
O ministro afirma, ainda, que as obras do Contorno de Maringá foram incluídas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) porque atendiam aos critérios. Bernardo acrescenta que defendeu o projeto porque se trata de uma obra importante para o desenvolvimento daquela região, "e não porque iria beneficiar esta ou aquela construtora".
A ministra da Casa Civil e esposa de Paulo Bernardo, Gleisi Hoffmann, também divulgou nota respondendo às denúncias. Ela afirma que não ocupava cargo público quando utilizou as aeronaves e reforça que todos os aviões foram fretados, com contratos de aluguel firmados.