Dias criticou a medida, afirmando que o governo "não anunciou nada de novo". Para o tucano, a medida é apenas uma consequência da alta taxa de arrecadação de impostos, que permitiu que quase 80% da meta de superávit fosse alcançada até julho. O tucano enfatizou que a saúde precisa de mais receita e defendeu a votação da regulamentação da Emenda 29 na Câmara. Ele sugeriu que o governo corte gastos com despesas correntes que sustentam os 39 ministérios e com corrupção, lembrando as recentes denúncias de superfaturamento de obras.
A meta de superávit do governo central (formado por Tesouro, Previdência e Banco Central) foi ampliada de R$ 81 bilhões para R$ 91 bilhões, conforme anúncio feito hoje pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Durante reunião do Conselho Político no Palácio do Planalto, Mantega disse às lideranças da base aliada que a medida busca evitar uma desaceleração da economia e, paralelamente, ajudará a reduzir no médio e longo prazos a taxa básica de juros, a Selic.