Na avaliação da presidente, a crise econômica terá duração longa, de mais de dois anos, e as consequências ditarão o ritmo de algumas decisões econômicas daqui para frente. "Ninguém sabe como vai se comportar, se houver quebra de banco é um cenário, se a crise continuar com as economias internacionais com processo de estagnação, na melhor hipótese, e de depressão, na pior hipótese, temos outra configuração".
A presidenta voltou a dizer que o Brasil deve usar a crise econômica como uma oportunidade para fortalecer as indústrias e o mercado interno. "O governo mantém o investimento, programas sociais, estimula a economia, mas tem que dar um exemplo de austeridade, por isso aumentamos nosso superávit em R$ 10 bilhões, porque achamos que se abre uma oportunidade com essa crise”, destacou. "Para isso temos que nos fortalecer economicamente, melhorar a gestão pública e tirar disso todas as oportunidades para que o Brasil transforme os efeitos dessa crise em seu favor", acrescentou.
A entrevista ocorreu na Base Aérea de Belo Horizonte, de onde a presidenta segue para a cidade mineira de Jeceaba para participar da inauguração do complexo siderúrgico da Vallourec & Sumitomo Tubos do Brasil (VSB). A empresa privada trabalha com a criação de tubos e conexões para o setor de óleo e gás.