O senador Armando Monteiro Neto (PTB-PE) disse hoje que não acredita na aprovação da Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira (CPMF) no Senado, caso o governo ressuscite o imposto para aumentar os repasses à área da saúde. Ex-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Monteiro lembrou que a vigência da Contribuição em nenhum momento resultou em melhorias na prestação de serviços médicos para a população brasileira. O fato mostra, segundo ele, que o setor padece de má gestão e não de falta de dinheiro. "É um grande equívoco submeter a CPMF ao Congresso. Esse tipo de imposto está ultrapassado e, com certeza, não resulta em melhoria para a população brasileira", afirmou.
O senador disse ainda que a situação nos Estados é variada, tendo os que já pagam mais de 10% da sua arrecadação para a saúde e os que repassam um porcentual inferior. Sem que isso reflita em grande escala na prestação do atendimento, o que, em sua opinião, reforça mais uma vez a necessidade de adotar melhorias na gestão do setor. Dados do Impostômetro indicam que, na próxima semana, o caixa público alcança a marca de R$ 1 trilhão de tributos pagos pelos brasileiros. O valor será alcançado 35 dias antes do previsto quando comparado ao ano passado, quando a quantia foi alcançada no dia 18 de outubro.