Jornal Estado de Minas

Deborah Guerner quer restituição R$ 280 mil encontrados em quintal

Promotora da DF é acusada de participar de esquema de propina durante o governo Arruda. Dinheiro pedido na Justiça foi apreendido pela Polícia Federal, em 2010

AgĂȘncia Brasil
Guerner é acusada de ter participado do mensalão do DEM, no Distrito Federal - Foto: Rafael Ohana/CB/D.A Press 21/07/2011 Brasília - Os advogados da promotora Deborah Guerner, acusada de envolvimento no esquema de pagamento de propina no governo do Distrito Federal revelado em 2009, pediram à Justiça a restituição de R$ 280 mil que foram encontrados na casa dela. O dinheiro, apreendido pela Polícia Federal em junho do ano passado, estava dentro de um cofre enterrado no quintal.
De acordo com o advogado Paulo Sérgio Leite Fernandes, o dinheiro tem origem lícita e é comprovado no Imposto de Renda. Ele disse que pediu a liberação da quantia porque sua cliente não está mais conseguindo arcar com o tratamento psiquiátrico, uma vez que o salário dela foi suspenso em agosto.

“A Deborah tem tratamento psiquiátrico há seis anos, que não é coberto pelo plano de saúde. Foi internada várias vezes, inclusive no Sírio-Libanês, no mês passado, e não tinha dinheiro para pagar a conta”, explica o criminalista, que alega que sua cliente sofre de transtorno bipolar.

Ele também diz que o pedido de restituição não precisa aguardar a definição do processo, e que a relatora pode decidir a questão individualmente. O pedido foi protocolado no Tribunal Regional Federal da 1ª Região no final da semana passada.

A Operação Caixa de Pandora revelou um esquema de pagamento de propina que resultou no afastamento do então governador do DF, José Roberto Arruda. Deborah Guerner e o ex-procurador-geral do DF Leonardo Bandarra são acusados de cobrar dinheiro de Arruda para não divulgar um vídeo em que ele recebe propina do delator do esquema, Durval Barbosa. Eles também são suspeitos de vazar dados sigilosos da Operação Megabyte, da Polícia Federal, de junho de 2008.