Comparativamente, o valor representa um quarto do que a União investiu em infraestrutura das BRs mineiras, de acordo com a CNT, entre 2003 e 2010: foram R$ 6.011.383.385. Foi o estado que recebeu o maior repasse do governo federal. Mas, estado com a maior malha rodoviária federal do país, com 10.331 quilômetros de estradas, proporcionalmente Minas aparece apenas em 13º na lista de investimentos. O primeiro é o Acre, que conseguiu R$ 1.329.289.548 para seus 950 quilômetros de rodovias federais.
Enquanto ocupa posição inferior nos investimentos, estudo da própria CNT mostra que o estado tem a situação mais crítica nas estradas entre todos de sua região. Além das 30 rodovias pavimentadas em situação regular ou ruim entre as 40 inspecionadas, 12 foram avaliadas como ruins, como a BR-120, a BR-259 e a BR-419.
Os números evidenciam que a precariedade das estradas mineiras tem reflexo direto no número de mortos em acidentes. Levantamento da CNT aponta que, se está abaixo em outros rankings, Minas Gerais ocupa a ingrata primeira posição nas listas de acidentes e de mortos. Foram 4.780 mortos entre 2007 e 2010, uma média de 1.195 por ano. No mesmo período, as estradas registraram nada menos do que 95.456 acidentes, média de 23.864 por ano.
Com base em dados do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e da Polícia Rodoviária Federal, a CNT mostra ainda que o Acre, que mais recebeu recursos da União entre 2003 e 2010, aparece bem abaixo no ranking das tragédias: ocupa a 25ª posição em número de mortes, com 75, e a 24ª em acidentes, com 1.501.