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Estado de Minas

MG tem maior malha rodoviária, mas está em 13ª no ranking de investimentos

Pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), entre 2003 e 2011, a União aplicou pouco mais de R$ 6 bilhões nas BRs mineiras


postado em 13/09/2011 06:00 / atualizado em 13/09/2011 08:43

Verbas são incompatíveis com a extensão das estradas que cortam o estado
Verbas são incompatíveis com a extensão das estradas que cortam o estado
Dona da maior malha rodoviária do país e recordista em mortes nas estradas, Minas Gerais recebe proporcionalmente bem menos recursos que a sua realidade exige. Levantamento da Confederação Nacional do Transporte (CNT) mostra que o estado ficou em 13º lugar no ranking de investimentos por quilômetro do governo federal, entre 2003 e 2010. Na Região Sudeste, só fica à frente do Espírito Santo. O resultado é a precariedade da malha: de um total de 40 corredores analisados no estado, 30 estão em situação regular ou ruim, segundo os dados mais recentes da CNT, de 2010.

A expectativa é de que, em visita a Belo Horizonte até o fim do mês, a presidente Dilma Rousseff (PT) anuncie obra que pode ajudar a melhorar a posição do estado em relação aos investimentos. É que em sua última passagem pela capital, no dia 1º, antes de seguir para inauguração de indústria em Jeceaba, na Região Central de Minas, a presidente prometeu finalmente que a licitação para o primeiro trecho da duplicação da BR-381, que liga BH a Governador Valadares, sairá ainda este ano, o que já representaria um investimento de cerca de R$ 1,5 bilhão.

Comparativamente, o valor representa um quarto do que a União investiu em infraestrutura das BRs mineiras, de acordo com a CNT, entre 2003 e 2010: foram R$ 6.011.383.385. Foi o estado que recebeu o maior repasse do governo federal. Mas, estado com a maior malha rodoviária federal do país, com 10.331 quilômetros de estradas, proporcionalmente Minas aparece apenas em 13º na lista de investimentos. O primeiro é o Acre, que conseguiu R$ 1.329.289.548 para seus 950 quilômetros de rodovias federais.

Enquanto ocupa posição inferior nos investimentos, estudo da própria CNT mostra que o estado tem a situação mais crítica nas estradas entre todos de sua região. Além das 30 rodovias pavimentadas em situação regular ou ruim entre as 40 inspecionadas, 12 foram avaliadas como ruins, como a BR-120, a BR-259 e a BR-419.

Os números evidenciam que a precariedade das estradas mineiras tem reflexo direto no número de mortos em acidentes. Levantamento da CNT aponta que, se está abaixo em outros rankings, Minas Gerais ocupa a ingrata primeira posição nas listas de acidentes e de mortos. Foram 4.780 mortos entre 2007 e 2010, uma média de 1.195 por ano. No mesmo período, as estradas registraram nada menos do que 95.456 acidentes, média de 23.864 por ano.

Com base em dados do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e da Polícia Rodoviária Federal, a CNT mostra ainda que o Acre, que mais recebeu recursos da União entre 2003 e 2010, aparece bem abaixo no ranking das tragédias: ocupa a 25ª posição em número de mortes, com 75, e a 24ª em acidentes, com 1.501.


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