Jornal Estado de Minas

Prefeitos cobram rapidez na distribuição de royalties

Em encontro, chefes do Executivo de 1,5 mil municípios pedem rapidez na votação de proposta

AgĂȘncia Brasil
Prefeitos de aproximadamente 1,5 mil cidades brasileiras defendem nesta terça-feira em Brasília a proposta de distribuição dos royalties do pré-sal de autoria do senador Wellington Dias (PT-PI). A medida prevê o congelamento dos valores repassados em 2010 aos estados produtores – Rio de Janeiro e Espírito Santo – que somaram R$ 9,8 bilhões de um total de R$ 21,8 bilhões. O mesmo valor seria transferido a esses produtores este ano o que, segundo o presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CMN), Paulo Ziulkoski, não prejudicaria os dois estados.
Do restante dos royalties de petróleo extraído em alto-mar, 40% seriam repassados à União, 30% ao Fundo de Participação dos Estados (FPE) e 30% ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Ziulkoski disse que esse percentual significa um valor de R$ 4,5 bilhões a ser distribuído igualmente entre todos os municípios do país. Eles cobram do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), que coloque em votação na sessão do Congresso prevista para amanhã (14), o veto presidencial à emenda que previa o repasse igualitário dos royalties entre estados produtores e não produtores.

Após o encontro, Sarney afirmou que, em negociação com o governo, definiu estender o prazo até o dia 5 de outubro para analisar o veto, caso não haja acordo sobre o tema até lá. “Esse é o limite para que a União e o Congresso negociem acordo sobre a distribuição de royalties aos municípios.”

Os prefeitos também reivindicam a regulamentação da Emenda Constitucional 29, que estabelece os compromissos de transferência de recursos para a saúde entre União, estados e municípios. Os prefeitos levaram um bolo para o encontro, no Senado, com o objetivo de homenagear os 11 anos de promulgação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 29, disse Paulo Ziulkoski.